01 novembro, 1987

NOTÍCIAS

Evento encerra atividades de Losurdo e empossa direção da Grabois em São Paulo
Por Cézar Xavier e Osvaldo Bertolino

Dimensões e perspectivas da luta de classes. Com esse título, o professor Domenico Losurdo pronunciou uma conferência no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, na quinta-feira (3), assistida por aproximadamente duzentas pessoas, apesar da forte chuva que castigou a cidade durante todo o dia. Coordenado pelo presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, o evento também empossou a direção paulista da sessão estadual da Fundação.

Cezar Xavier

Augusto Buonicore, secretário-geral da entidade, abriu os trabalhos convocando para a mesa, além de Adalberto Monteiro, João Quartim de Moraes (presidente da sessão paulista da Fundação Maurício Grabois), Orlando Silva (vereador e presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)  e Nereide Saviani (diretora de Formação da Fundação Maurício Grabois). Após a Conferência, Domenico Losurdo autografou o seu livro “O pecado original do século XX”, lançado no Brasil pela Editora Anita Garibaldi e a Fundação Maurício Grabois.
Em sua palestra, Losurdo destacou para uma compreensão aprofundada das contrições das sociedades da contemporaneidade é preciso ter conta a multiplicidade do conceito de lutas de classes. Para ele, a formulação dever ser feita no plural para abranger os vários aspectos que ela encerra. Segundo Losurdo, as formas mais perceptíveis das lutas de classes são a opressão da mulher, a dominação dos trabalhadores pelos detentores de capital e o expansionismo colonialista — também denominado imperialismo.

Complexidades
O professor recorreu a Friedrich Engels para demonstrar que a opressão exercida sobre as mulheres é a primeira expressão das lutas de classes. Para ele, a oposição capital-trabalho é a mais frequente, mas a definição de Karl Marx sobre a luta das nações colonizadas contra os colonizadores precisa ser igualmente avaliada. Segundo Losurdo, aqueles que não entendem os mecanismos pelos quais uma nação é explorada por outra não é capaz de entender a exploração dentro do seu próprio país.
Ele fez um breve histórico do processo da Revolução Francesa para demonstrar a complexidade das transformações sociais. Citou ainda as lutas anti-escravistas na América e anticolonialistas em diferentes regiões do mundo como exemplos de lutas de classes. Para Losurdo, os elementos essenciais dessas formas de lutas de classes continuam sendo essencialmente os mesmos. Segundo ele, o que acontece na Palestina, com o constante ataque àquele povo pelo Estado de Israel, pode ser tomado como exemplo real dessa constatação. A agressão econômica — como ocorre com Cuba — e o embargo tecnológico são outras demonstrações nesse sentido.

Após a intervenção, os diretores da Fundação Maurício Grabois Augusto Buonicore, Sérgio Barroso e Fábio Palácio, além da professora de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Madalena Guasco, fizeram perguntas ao professor. Losurdo também respondeu a perguntas do público e encerrou as atividades com uma sessão de autógrafos do seu livro O pecado original do século XX.

Posse


A outra atividade do evento, a posse da diretoria da sessão paulista da Fundação Maurício Grabois, foi saudada por Adalberto Monteiro. Em seguida, ele passou a palavra para João Quartim de Moraes, o presidente da sessão estadual, que fez um breve comentário sobre as perspectivas desse espaço que se abre para o pensamento marxista e progressista em São Paulo. Adalberto Monteiro retomou a palavra e anunciou a composição da direção paulista da Fundação Maurício Grabois:

- João Quartim de Moraes (presidente) – Filósofo e Cientista político, professor universitário, membro do Conselho Editorial da Revista Crítica Marxista e integrante do Cermarx (Centro de Estudos Marxistas – Unicamp)
- André Bezerra – Secretário de Formação e Propaganda do Comitê Estadual de São Paulo do PCdoB, membro da Comissão Nacional de Formação e Propaganda e do Comitê Central.
- Elder Vieira – escritor e poeta, gerente de projetos do Ministério do Esporte.
- Fernando Garcia de Faria – historiador, coordenador do Centro de Documentação e Memória da Fundação Maurício Grabois.
- Jeosafá Fernandez Gonçalves – doutor em Letras e Educação pela USP, é professor e autor de diversos livros, e coordenador do Fórum Mudar São Paulo.
- José Carlos Ruy - jornalista e historiador. É editor do jornal Classe Operária, da equipe do portal Vermelho e da Comissão Editorial da revista Princípios.
- José Ricardo Figueiredo – engenheiro mecânico, professor da Unicamp; autor do livro “Modos de ver a produção do Brasil”.
- Mariana Venturini – graduada em filosofia pela USP, professora da Seção Paulista e integrante do núcleo de ensino e pesquisa em filosofia da Escola Nacional do PCdoB.
- Mazé Leite – artista plástica, pesquisadora de história da arte e autora de artigos e livro sobre o tema, integra movimentos pela democratização da cultura.
- Pedro Scuro – doutor em sociologia, professor universitário, consultor de diversas instituições públicas e privadas e autor de vários livros nas áreas de sociologia e direito.
- Ricardo Peres – pianista e agitador cultural.
- Rosana Miranda – arquiteta e urbanista, professora da FAU/USP.
- Rovilson Britto – jornalista, professor da FAPCOM e dirigente do comitê estadual do PCdoB/SP.




4 de Outubro de 2013 - 12h21

Losurdo: "Luta de classes continua no centro das questões atuais"

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quinta-feira (3) o filósofo e historiador marxista-leninista italiano Domenico Losurdo que apresentou a conferência “Dimensões e Perspectivas da Luta de Classes”. A atividade também marcou a posse do professor de filosofia e pesquisador João Quartim Moraes na seção paulista da Fundação Maurício Grabois (FMG).


Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho


O evento, que reuniu intelectuais, militantes de partidos de esquerda, estudantes e representantes de movimentos sociais, foi realizado pela FMG, em parceria com o Portal Vermelho, a Revista Princípios, a União da Juventude Socialista (UJS), o Instituto de Estudos Contemporâneos e Cooperação Internacional (IeCint) e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. 

O filósofo italiano iniciou sua palestra refutando a tese de que a construção do Estado de bem-estar social na Europa teria superado o conceito de luta de classes desenvolvido por Karl Marx. Prova disso são os impactos profundos da crise capitalista no velho continente que, desde 2008, tem elevado o desemprego, reduzido direitos dos trabalhadores e restringido o acesso à saúde e à educação pública. “O estado de bem-estar social na Europa está desmoronando”, afirmou.

Losurdo afirmou a necessidade de compreensão conjunta de três formas de luta de classes: a dos trabalhadores, a da emancipação das mulheres e a resistência das nações colonizadas. “Marx e Engels uniram essas três formas em um gigantesco movimento de emancipação.”

Historicamente, a tentativa dos nazistas durante a 2ª Guerra Mundial para escravizar os povos eslavos e da Ex-União Soviética e colonizar a Europa Oriental transformou a Batalha de Stalingrado em uma das maiores lutas de classe do século 20.

Na Ásia, a resistência da China contra o imperialismo japonês e suas pretensões escravistas. Ele disse, nessa ocasião, a liderança e formulação das teses de Mao Tsé-Tung contra a exploração japonesa. “As lutas de classes dos povos oprimidos no mundo revelaram a eficácia do comunismo em diversos processos de emancipação nacional”, enfatizou.

Emancipação política e econômica

Ainda tratando as lutas de classes nacionais, Losurdo lembrou que além da conquista da independência política, as nações em processo de descolonização devem conquistar sua independência econômica, ou continuarão escravas. A revolução colonial deve, dessa maneira, passar da fase política militar para a econômica. E definiu como um dos fatores essenciais da luta de classes da atualidade o esforço dos países em desenvolvimento para consolidar suas economias e romper o monopólio ocidental da tecnologia.

Para Losurdo, as três formas de luta de classes continuam no centro das questões da atualidade. Ele lembrou que é preciso voltar a atenção para a questão do Oriente Médio, onde o governo dos Estados Unidos apoia militar e financeiramente forças reacionárias, e a luta contra a colonização clássica da Palestina. “Em minha visão, a luta contra o colonialismo está ficando cada vez mais forte e é uma luta de longo prazo.”

Segundo ele, não há dúvidas de que o Ocidente está perdendo o monopólio tecnológico. Apesar da crise do ponto de vista econômico, os EUA ainda detêm a superioridade militar – mantendo bases em todos os cantos do mundo. “A Europa parece hoje uma constelação de bases militares”. Para Losurdo, é preciso “retomar a luta dos trabalhadores, das mulheres, dos povos e da defesa da paz e radicalizá-las”.

O filósofo marxista ressaltou ainda a importância comercial e política do Brics e elogiou o recente discurso da presidenta Dilma Rousseff na Assembleia Geral das Nações Unidas. Segundo ele, atitudes como a da mandatária brasileira devem ser exaltadas e encorajadas.

Seção paulista da Fundação Maurício Grabois

Em entrevista ao Portal Vermelho, o presidente nacional da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, afirmou que há uma grande expectativa em torno do lançamento da seção paulista da FMG.

“O estado de São Paulo não é apenas um polo econômico, industrial e financeiro do país, mas aqui se localizam grandes universidades, centros de pesquisa e uma grande produção cultural e intelectual. Acredito que a seção paulista da Fundação pode aglutinar um conjunto de intelectuais, pesquisadores e artistas e desempenhar um agenda importante de seminários, debates e elaboração de pesquisas no estado”.

Para João Quartim Moraes, empossado presidente da FMG em São Paulo, o fato de a conferência de Domenico Losurdo coincidir com o lançamento oficial da seção paulista da Fundação evidencia que as ambições são altas.

Segundo ele, a FMG pretende atuar em “todas as frentes e aparelhos culturais – como universidades e centros de pesquisa – e participar do movimento cultural, da luta de ideias e por valores socialistas”.

Confira abaixo a lista completa da direção da seção paulista da FMG:


1. João Quartim de Moraes – Professor de Filosofia, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, membro da Editoria da Revista Crítica Marxista.

2. André Bezerra – Advogado e eletrotécnico, secretário de Formação e Propaganda do Comitê Estadual de São Paulo do PCdoB, membro da Comissão Nacional de Formação e Propaganda e do Comitê Central.

3. Elder Vieira - escritor, servidor público federal, Chefe da Representação do Ministério do Esporte no Estado de São Paulo.

4. Fernando Garcia de Faria – historiador, coordenador do Centro de Documentação e Memória da Fundação Maurício Grabois.

5. Jeosafá Fernandez Gonçalves – doutor em Letras pela USP, é professor e autor de diversos livros e coordenador do Fórum Mudar São Paulo.

6. José Carlos Ruy - jornalista, da equipe do portal Vermelho, editor de A Classe Operária.

7. José Ricardo Figueiredo – engenheiro, professor da Unicamp; autor do livro “Modos de ver a produção do Brasil”.

8. Mariana Venturini – graduada em filosofia, assessora da Secretaria Nacional da Mulher, professora da seção paulista e integrante do núcleo de ensino e pesquisa em filosofia da Escola Nacional do PCdoB.

9. Mazé Leite – artista plástica, pesquisadora de história da arte, integra movimentos pela democratização da cultura.

10. Pedro Scuro – sociólogo, PhD (Universidade de Leeds, Inglaterra); consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; membro da Comissão Científica da Sociedade Internacional de Criminologia.

11. Rosana Miranda – professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Especialista em Renovação e projetos urbanos em centros históricos pelo Instituto de Estudos de Habitação e Desenvolvimento Urbano em Rotterdam, na Holanda.

12. Rovilson Britto – jornalista, professor da FAPCOM e dirigente do comitê estadual de São Paulo do PCdoB.




Domenico Losurdo |
03/10/2013 - 12h00 | João Novaes e Rodolfo Machado | São Paulo

"EUA são o pior inimigo da democracia nas Relações Internacionais", diz filósofo italiano

Para Domenico Losurdo, crise provoca questionamentos nos fundamentos liberais, que poderão ser respondidos com ajuda da esquerda da América Latina


A crise econômica global iniciada em 2008 afetou não somente as economias das grandes potências ocidentais como também a crença desses países no liberalismo triunfante, que se iniciou após o fim da Guerra Fria. Essa é a opinião do filósofo, historiador e cientista político marxista Domenico Losurdo, que está no Brasil para uma série de atividades e palestras.

Nesta quarta-feira (02/10), ele concedeu entrevista a Opera Mundi em um hotel no centro de São Paulo, ocasião em que criticou as atitudes imperialistas belicistas dos EUA em contraponto à sua retórica em prol da liberdade e da democracia.

Ele também teceu severas críticas à social-democracia na Europa, a quem denominou de “esquerda imperial” e de possuir objetivos muito próximos aos partidos da direita tradicional, fazendo parte de um sistema “monopartidário competitivo”.

João Novaes/Opera Mundi

Para Losurdo, sistema político europeu vive atualmente em uma forma de "monopartidarismo competitivo"

Losurdo é professor da Universidade de Urbino, na Itália, e também de entidades como o Internationale Gesellschaft Hegel-Marx für Dialekttisches Denken e da Associação Marx-XXIesimo Secolo. Leia abaixo a primeira parte da entrevista. A segunda será publicada na sexta-feira (04/10).

Opera Mundi: Como podemos classificar o atual momento do liberalismo no século XXI? Ao mesmo tempo em que o mundo se encontra em uma crise econômica que já dura cinco anos, os liberais têm obtido sucesso no processo de desmantelamento do estado de bem-estar social.

Domenico Losurdo: O liberalismo está em crise. Você tem razão quando fala do desmantelamento do estado de bem-estar social na Europa. Mas isso ocorre porque estamos em um momento de fraqueza. No fim da II Guerra Mundial, foram o movimento operário e os movimentos populares que conquistaram o estado de bem-estar social, em um momento onde o comunismo contava com muita estima e exercia grande influência.

No decorrer da crise atual, esse ataque ao estado social está fazendo com que muitos comecem a colocar em questão o sistema capitalista liberal. Foram criadas uma série de ilusões após o fim da Guerra Fria, quando se falou até mesmo em “Fim da História” [pelo cientista político Francis Fukuyama] já que o liberalismo teria triunfado em nível planetário. Hoje isso é ridicularizado.

No contexto internacional vemos outros aspectos dessa crise: a decadência econômica do capitalismo ocidental corresponde à ascensão de países como a China. E a China não segue aos ditames do “consenso de Washington”, onde o mercado domina tudo e o estado não tem papel na economia. O que presenciamos agora é o "consenso de Pequim", que defende a intervenção do estado na economia.

OM: Sob o ponto de vista eleitoral, na Europa, Angela Merkel venceu mais uma vez. Já a social-democracia, a centro-esquerda, não soube aproveitar as vitórias nos últimos anos para realizar transformações em seus mandatos, enquanto os partidos de esquerda, salvo o grego Syriza, não apresentaram programas que chamaram atenção de parte considerável do eleitorado.

DL: De acordo. Na Europa ainda vemos uma desorganização de forças que podem ser alternativas ao sistema dominante. No momento, esse sistema político europeu é constituído pelo que chamo de monopartidarismo competitivo, uma categoria que elaborei em meu livro Democracia ou Bonapartismo. Ou seja, os partidos que certamente têm alguma competitividade são expressões da mesma classe social, da grande burguesia, exprimem mais ou menos a mesma ideologia e perseguem projetos políticos quase semelhantes.

Já os partidos populares são muito fracos, não podemos ignorar. Por outro lado, na opinião pública, o prestígio do capitalismo liberal se encontra muito enfraquecido. O problema é como transformar esse descontentamento que se desenvolve em projeto político concreto. E devo reconhecer que, infelizmente, a esquerda e os comunistas estão em grande atraso.

OM: Em suas palestras o sr. cita frequentemente John Locke, ao mesmo tempo pai do liberalismo e associado à African Company, que explorava a escravidão a seu tempo. Isso lembra, aqui no Brasil, o discurso da corrente liberal dominante que defende a tese do estado mínimo alegando que o poder público é obeso, incapaz de gerir uma sociedade cada dia mais complexa e dinâmica. Em resposta, são lembrados dos pedidos de ajuda dos bancos aos governos e de que grandes sucessos privados como Google e Apple hoje são o que são graças à ajuda governamental e à intervenção estatal. O senhor está de acordo que exista essa dicotomia constante no discurso liberal?

DL: A tese do estado mínimo é ideológica e uma auto apologia. Pegando o exemplo de um país como os Estados Unidos, o estado é mínimo na relação de direitos econômicos e sociais, na garantia dos direitos da saúde, por exemplo. Mas não se considerarmos o aparato policial e militar. Os dois aspectos devem ser considerados.

O presidente dos EUA, Barack Obama, tem o poder de decidir sozinho qual suspeito de terrorismo pode ser eliminado. Isso não tem a ver com garantias liberais. O presidente dos EUA tem até mesmo o poder de iniciar uma guerra, não precisa nem mesmo da aprovação do Congresso – ele o fez agora no caso da Síria, mas não tinha necessidade jurídica para isso.

Cito Immanuel Kant que fez a seguinte questão: “Como podemos saber se um líder é déspota ou não?” Quando um líder político diz que a guerra deve ser feita e esta acontece. É aquele que pode decidir sozinho ou quase sozinho o início de uma guerra. Se considerarmos essa afirmação correta, então devemos considerar Obama um déspota, segundo Kant. Portanto, o Estado não é tão mínimo quanto a propaganda apresenta.

Sobre os direitos econômicos e sociais no estado mínimo, Marx já escreveu como este funcionava:  a extrema polarização social e a presença de uma pequena minoria de luxo de um lado, com extrema pobreza de outro, devem ser tratadas como temas privados. Mas quando há crise econômica de grande envergadura, mesmo o estado liberal mínimo deixa de sê-lo porque procura socializar os prejuízos enquanto o lucro é privatizados. É assim que funciona o estado liberal.

OM: O liberalismo também se arroga como um legítimo defensor da liberdade, em contraposição ao socialismo. Em sua opinião, como esse conceito e o da democracia devem ser desenvolvidos a partir de uma ótica de esquerda?

DL:
Acredito que a esquerda, incluindo a comunista, deve evitar um erro que cometeu no passado: o Estado de Direito e demais garantias jurídicas para os direitos individuais não são apenas instituições formais, mas liberdades muito importantes, parte integrante da democracia.

Porém, vejamos todos os demais aspectos: Marx descreve, no Manifesto do Partido Comunista, que dentro da fábrica, no local de trabalho ou produção, existe sempre uma forma de despotismo. Não somente pelos baixos salários dos trabalhadores, mas esse é só um dos pontos.

A crítica é tanto no plano econômico quanto no político. Outro exemplo com os Estados Unidos: os empresários fazem o que querem com os trabalhadores, mandam-nos para o olho da rua sem garantias trabalhistas, em condições precárias. E também é muito difícil e perigoso para os trabalhadores formarem um sindicato, porque sempre ocorre chantagem de todos os lados.

Terceiro aspecto: se pegamos, por exemplo, um estado como Israel, as garantias que são acordadas aos cidadãos israelenses correspondem à total falta de garantias aos palestinos. É ridículo para um regime que se diz democrata julgar sem a abstração daqueles que são excluídos de garantias. Em Israel está muito claro: garantias para os privilegiados; e prisões arbitrárias, expropriação de terras, tortura e mesmos os assassinatos os desprovidos.

Outro aspecto no contexto internacional em que ainda vemos a persistência de relações de despotismo: se os países ocidentais pedem à ONU que esta autorize uma guerra e ela os legitima, respeitam a decisão. Mas se ela se recusa a legitimá-la, o ocidente faz a guerra do mesmo jeito. Isso é a negação total da democracia. O ocidente reivindica para ele mesmo, e só para ele, o direito de dar início a uma guerra mesmo sem a autorização do Conselho de Segurança. Ou seja, não há qualquer  democracia nas Relações Internacionais.

E se ainda acrescentarmos a questão da espionagem universal, denunciada pela presidente brasileira Dilma Rousseff, podemos concluir que são os Estados Unidos o pior inimigo da democracia nas Relações Internacionais.

Cito o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt [também conhecido pelas iniciais FDR] quando, durante a II Guerra Mundial, pronunciou o célebre discurso das “Quatro Liberdades” (o 4 Freedoms), em 1941. Nesse contexto, FDR diz não somente sobre as liberdades liberais clássicas, de expressão e crença, mas de viver sem penúria e medo.

Considerando isso, qual país que pretende apagar liberdades, mesmo em nível internacional, através do consenso de Washington e pelas organizações controladas ou hegemonizadas pelos EUA, como o Banco Mundial e o FMI? Esfacelando o de bem-estar social, ou seja, a liberdade de viver sem penúria?

Fernando Garcia/divulgação

Losurdo durante palestra na PUC; para ele, caminho da América Latina exercerá papel progressista no cenário internacional

Sobre a liberdade de viver sem medo, FDR se dirigia à Alemanha nazista – e com toda razão, porque ela representava a todo o mundo e principalmente aos vizinhos uma ameaça constante de agressão, dificultando a vida com liberdades democráticas dentro de um contexto de militarização.

E qual estado hoje faz baixar a ameaça de agressão? Quem tem bases militares em todo o mundo? Quem reivindica o direito de intervir nos outros? Mesmo com as liberdades teorizadas pelo presidente dos EUA, podemos dizer que hoje o pior inimigo delas são exatamente os Estados Unidos da América.

OM: A América Latina conseguiu desenvolver, com os governos de esquerda dos últimos anos, uma resposta satisfatória e sustentável à corrente neoliberal nascida através do consenso de Washington? E os governos de esquerda que optaram pelo caminho da reforma sem ruptura, eles podem ser comparados à social-democracia europeia?

DL:
É um erro, sob o plano político e filosófico, comparar os movimentos de esquerda na América Latina com a social-democracia europeia. Na política externa, por exemplo, eles se colocaram em posição contrária às políticas de guerra dos EUA, como na Líbia e na Síria.

Todos podem ver que o “socialista” François Hollande [presidente da França] é um dos maiores campeões da guerra. Seria falso comparar essas duas realidades. Na Europa, os autoproclamados partidos socialistas fazem parte de uma esquerda que defino pessoalmente como “esquerda imperial”, uma esquerda bem entre aspas. Não temos esse fenômeno da esquerda imperial na América Latina. Enquanto países como a França são governados por esses dirigentes que se dizem “socialistas”, estes desenvolvem um programa explicitamente colonial.

De outro lado, vemos a América Latina sob a direção de novos partidos, alguns mais, outros menos à esquerda, que continuam a luta contra a Doutrina Monroe. A Revolução Cubana foi a primeira a questioná-la. Hoje vemos que muitos a contestam, ela não tem mais o prestígio de outrora.

Muito dessa luta contra a Doutrina Monroe, contra o imperialismo e o perigo de intervenção colonial fez com que os latino-americanos compreendessem a necessidade de transformar a economia. Na luta para salvaguardar a independência econômica, muitos passaram a contestar o consenso de Washington.

À luz da política estrangeira e econômica, a tendência principal da região é de esquerda e progressista. Há países mais avançados do que outros, enquanto um terceiro grupo começa a traçar esse caminho. Penso que, num futuro próximo, a América Latina vai exercer um papel importante e progressista sobre o plano nacional e internacional.
 

Losurdo: produção das emoções é novo estágio do controle da classe dominante

Para o filósofo marxista italiano, com a televisão e as novas mídias, a burguesia não tem somente o monopólio das ideias

Para o filósofo marxista italiano Domenico Losurdo, o avanço tecnológico permitiu à classe dominante alcançar um novo estágio na dominação cultural. Se, no passado, ela já detinha o monopólio da profusão e difusão das ideias, hoje ela também consegue fazer o mesmo com as emoções.

Na segunda parte da entrevista de Losurdo a Opera Mundi, ele descreve as noções modernas das lutas de classe, dos limites das manifestações populares e da relação entre o comunismo e as lutas anticoloniais, em especial a do movimento negro nos EUA.

Opera Mundi: No final de “Democracia ou Bonapartismo”, o senhor afirma que vivemos uma fase de “desemancipação. A tal ponto em que a chamada ‘Revolta de Los Angeles’, de 1992 foi um caso de racismo institucional que mostra que os negros só podem protestar recorrendo a uma espécie de ‘jacquerie’ urbana, de revolta enraivecida e destrutiva, que, no entanto, em nada modifica o status quo existente”. Num contexto de crise econômica e política na Europa, de ocaso da chamada Primavera Árabe, de guerra civil na Síria: qual o sentido que deveriam tomar as mobilizações populares para, de fato, modificar o estado de coisas existente no capitalismo do século XXI?

Domenico Losurdo: Em “Democracia ou Bonapartismo”, quandio falo de desemancipação faço referência ao Ocidente. Vejamos como exemplo o já falado desmantelamento do Estado de bem-estar social. Nessa situação, e no seio do contexto do “monopartidarismo competitivo”, as classes populares não tem mais representação política no Parlamento, estão excluídas. Não sou eu que digo isso: há pesquisadores dos EUA que se referem a seu país como uma plutocracia, ou seja, o poder emanado da riqueza. Nesse contexto, as classes populares não têm possibilidade de serem representadas no Parlamento.

Portanto, o que ocorreu em Londres em 2011 e em outras cidades recentemente, esses grandes protestos populares, já foi cantado o que aconteceria depois. Na época da Revolução Francesa, houve primeiro a explosão de cólera, com queimas de propriedades de aristocratas, mas em seguida a situação sempre se voltava para o restabelecimento do poder da aristocracia. E hoje vemos exatamente a mesma coisa. Como foram os casos de Los Angeles em 1992 e mais recentemente em Londres e até Paris. Estou totalmente de acordo.

Fernando Garcia/divulgação

Losurdo: EUA vivem uma plutocracia, cujo sistema político pode ser classifficado como "monopartidarismo competitivo"

Podemos acrescentar um exemplo parecido: quando os EUA começaram a segunda Guerra do Golfo contra o Iraque, em 2003, houve grande base de oposição e protestos contra a guerra. Já em 2011, na guerra contra a Líbia, não houve nada digno de nota. Aí reside a fraqueza dos movimentos espontâneos, que se mostra cada vez mais forte porque a grande plutocracia controla a mídia, os jornais, a m TV.

Já o Oriente Médio é diferente. De um lado há grande movimentos populares; de outro temos tentativas de recolonização da região. E porque isso? De um lado, para favorecer Israel, que precisa da destruição de todos os outros países. Do outro há o programa-chave dos EUA, e de Obama em particular, de concentrar o aparato militar contra a China na Ásia. E com colaboração dos poderes coloniais europeus tradicionais, França e Reino Unido, que foram encorajados a restabelecer algum tipo de dominação neocolonial por lá.

OM: Em suas pesquisas, o senhor destaca o racismo e a indústria do anticomunismo, como componentes articulados da história norte-americana. “A segregação e o linchamento dos negros era um método peculiar de combater os comunistas”. O “bonapartismo soft” dos EUA reforça a recorrência de um estado racial e de uma democracia para o povo do senhor [termo de Losurdo oara se referir ao povo opressor]? O senhor poderia desenvolver esse ponto?

DL: Devemos fazer uma distinção entre o plano histórico e o atual. Está claro que, para o povo do senhor norte-americano, os EUA foram uma democracia. É ridículo quando [os ex-presidentes dos EUA] Bill Clinton e mesmo Barack Obama disseram que os EUA são a mais antiga democracia do mundo. É uma teoria insustentável mesmo sob o ponto de vista histórico, o equivalente a considerar os negros escravos e os índios exterminados durante a história como descartáveis. É a continuação do racismo sob o plano ideológico.

Não devemos pensar a história como o “eterno retorno” de Nietzschze, simplesmente dizendo que nada muda. Pois seria o mesmo que dizer que os grandes movimentos de protestos populares, mesmo as grande revoluções, não serviram para nada. O que é falso, eles mudaram muita coisa.

No século XX, após a Revolução de Outubro, tivemos um número gigantesco de revoluções anticolonialistas em nível planetário. A parcial emancipação dos afro-americanos nos EUA é um desses aspectos . Podemos especificar esse movimento de luta por emancipações, por exemplo, após a Revolução de Outubro. Pois é nela que se começa a desenvolver mais fortemente as organizações de movimentos negros. Cito em meus livros a famosa frase de um de seus militantes: “me acusam de ser bolchevique? Bem se ser bolchevique significa ser contra o linchamento e a supremacia branca, então sou bolchevique”.

Podemos citar ainda nesse contexto o que se passa no primeiro ano da Guerra Fria. Em 1951, a Suprema Corte dos EUA estava debatendo se a segregação racial era ou não constitucional. O Departamento de Estado enviou um relatório aos juízes defendendo a inconstitucionalidade, caso contrário, a decisão poderia “favorecer o crescimento de movimentos comunistas e revolucionários” dentro do próprio país. Mesmo essa emancipação modesta não foi decidida de forma espontânea pelas classes dominantes, mas por medo do movimento comunista, em resposta a uma grande revolução que se desenvolvia no mundo.

Mesmo Martin Luther King, em sua fase mais radical, falava positivamente das revoluções anticoloniais.

Qual a situação atual dos afro-americanos? Na população presidiária, a porcentagem é terrível, a população negra tem porcentagem muito superior em relação à total. O mesmo pode se notar para os condenados à morte.

Nos últimos anos, o livro de uma escritora negra dos EUA, Michelle Alexander, fala do encarceramento dos negros nos EUA,no livro O novo Jim Crow [The New Jim Crow: Mass Incarceration in the Age of Colorblindness (2010)]. Segundo ela, ainda existe uma discriminação muito negativa contra os negros que não é determinada pela lei, mas pelas relações sociais e econômicas vigentes.

Mas se queremos compreender a persistência da democracia sobre os povos do senhor, devemos nos focar em outro aspecto: às relações que os EUA desenvolvem com seus “estrangeiros”. Obama lê uma lista toda terça-feira preparada pela CIA para escolher os destino dos alvos dos drones. E os mais redutáveis terroristas são eliminados sem sentença ou devido processo legal. Se, por um lado, ele atinge até cidadãos dos EUA, por outro também acerta estrangeiros no Iêmen e no Paquistão.

Logo após o golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002 os EUA rapidamente reconheceram o novo presidente. A democracia não se aplicava à Venezuela. Mas dessa forma podemos compreender a democracia deles. Como quando atacaram Cuba dois anos depois da Revolução na Baía dos Porcos.

Hoje a democracia para o povo dos EUA é a do povo "eleito pela providência", porque essa ideologia dura ainda, George W Bush falava muito dela, dos EUA “como a nação eleita por Deus para dirigir o mundo”. Mesmo Clinton dizia que os EUA tinham a tarefa “eterna” de governar o mundo.

Podemos notar que essa ideologia não desapareceu e deverá persistir.

OM: Quais são as principais modalidades de lutas de classes que encontramos nos dias de hoje?
DL: Sobre a luta de classes, no “Manifesto do Partido Comunista” e em outros textos de Marx e Engels, ela é sempre escrita no plural, pois pode se dar de várias formas. Por exemplo, Engels  lembra da opressão de classes contra a mulher como a primeira forma de opressão de classes. Para os negros que foram escravos nos EUA, a luta contra a escravidão é certamente uma delas. Portanto, devemos considerar a opressão de classes  toda vez que um povo é submetido e reduzido a alguma forma de escravidão.

Já o nazismo foi uma tentativa de retomada e radicalização da tradição colonial, pois queria estabelecer na Europa Oriental um verdadeiro sistema de escravidão, não há duvidas sobre isso. E a luta da URSS contra essa tentativa de escravidão de um povo inteiro foi uma verdadeira luta de classes.

Seria ridículo considerar luta de classes apenas como uma reivindicação pelo aumento de uma fração do salário de operários e não uma luta de classes para erradicar a escravidão de um povo inteiro.

Há três tipos de luta de classes atualmente. Quais são elas?

Primeira: a luta popular contra a burguesia. Segunda: a das mulheres pela emancipação – e não devemos pensar somente no Ocidente, onde as primeiras a serem afetadas  e demitidas em uma situação econômica difícil são as mulheres. E terceiro: a de todos os povos oprimidos.

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Tropas norte-americanas em Sadr City em 2003: guerra no Iraque precisou de forte convencimento da opinião pública através da mídia

Coloco a questão: a gigantesca revolução anticolonial que se desenvolveu no século XX, que significou o desmoronamento do colonialismo clássico e da supremacia branca dos EUA. Podemos dizer que essa versão do colonialismo acabou ou continua? Minha resposta é: continua no caso clássico, como por exemplo quando os palestinos são expropriados de suas terras sistematicamente, marginalizados etc. A luta nacional do povo palestino é uma grande luta de classes. Nesse caso o colonialismo se manifesta de forma clássica.

Mas , para a maior parte do mundo a revolução anticolonial se manifesta de forma diferente. Lênin fez uma distinção entre “anexação política”, essa clássica do colonialismo, que se refere a um país que engloba a terra conquistada ao seu território; e a “anexação econômica”, reforçada às vezes por intervenções militares ou simples ameaças de intervenção.

O que dizia Mao Tsé-tung na véspera da conquista da tomada definitiva do poder na China pelo PCCh e na fundação da República popular da China?: Sim, conseguimos a independência política, mas dependemos dos EUA no plano econômico. Se essa situação não acabar logo, seremos sempre dependentes. Nesse contexto,  cito um importante autor anticolonialista  dos anos 1960, Frantz Fanon, em sua obra, Les Damnés de la Terre, sobre a luta da independência argelina. Ele diz que já que as grande potências coloniais são obrigadas a reconhecer a independência de alguns países no século XX , passam a se comportar de outra maneira: “vocês queriam a independência? Vocês as têm. Agora morram de fome”.

Ou seja, Lênin, Mao e Fanon compreenderam que há centenas de etapas numa revolução anticolonialista,  sobretudo uma revolução integrada ao plano econômico. O desenvolvimento econômico é uma condição necessária para tornar definitiva a independência conquistada no plano político.

A luta da China pelo desenvolvimento econômico é uma luta de classes, e mesmo a dos países emergentes para evitar a anexação econômica, também. Infelizmente, não foram todos os países que conseguiram.

Podemos pensar no Haiti, local de uma das maiores lutas anticoloniais da história: vira primeiro país do continente americano a abolir a escravidão. Ainda ajudou Simón Bolivar a combater a Espanha sob a condição que este abolisse escravidão e ele o fez, por um certo período. O Haiti jogava um importante papel internacional na luta contra a escravidão. Mas o que aconteceu depois? Sim, houve erros na administração interna, mas também a França o ameaçou de intervenção militar. Para se salvar dessa ameaça, o governo de Haiti aceita um acordo com o qual concorda em pagar pesada indenização à França pela perda da propriedade  pós-independência. A situação foi uma dívida gigantesca para o Haiti que, de uma semi-colônia da França no passado, hoje é semi-colônia dos EUA.

Isso vale para o mundo árabe também, e o exemplo é o Egito. O país tinha um passado anticolonial remarcável. Qual a situação atual? Infelizmente depende, de um lado do dinheiro norte-americano e de outro do dinheiro de países do Golfo como Catar e Arábia Saudita. O Egito poderia conduzir uma política muito mais audaciosa e radical, mas não tem os meios econômicos para isso.

OM: Marx dizia que as ideias da classe dominante são em cada época as próprias ideias dominantes, já que “a classe que dispõe dos meios de produção material dispõe com isso, ao mesmo tempo, dos meios de produção intelectual”. Preocupa  esse absoluto controle da mídia de massa pelo poder burguês, ainda mais forte hoje do que na época de Marx? Como lidar com tal monopólio no avanço das lutas populares?
DL: Tem razão em acrescentar que hoje a situação se tornou ainda mais difícil, podemos exprimi-la da seguinte maneira: Marx fala da classe dominante burguesa que, com o controle dos modos de produção intelectual tem o monopólio da produção e da difusão das ideias.

Mas hoje as coisas mudarem porque com a televisão e as novas mídias, a classe dominante não tem somente esse monopólio de produção de ideias, mas também, o que é muito importante, o monopólio da produção das emoções. Transmitem-se imagens horríveis que podem ter sido escolhidas em uma série de outras imagens propositalmente ou que pode até ser falsa. [Através desse artifício] se consegue provocar uma indignação geral [na opinião pública] e esse monopólio de produção de emoções que é muito importante para o início das guerras.

Quer dizer, o Iraque, na ocasião da segunda Guerra do Golfo, dizia-se que Saddam [Hussein, ex-presidente do Iraque] tinha armas de destruição em massa, que ele poderia empregá-las a qualquer minuto. Ou pior, na ocasião da primeira guerra do Golfo, todos estavam convencidos que as forças de Saddam mataram um sem número de bebês, uma história totalmente inventada. Mas, com o monopólio de produção das emoções essa história enganou e provocou uma indignação generalizada de parte da opinião pública.

Devemos tomar consciência dessa nova situação: das ideias e emoções, com uma tecnologia e psicologia muito refinadas e sofisticadas. Nesse sentido, o aparelho militar do imperialismo ficou mais forte não só no domínio militar clássico, mas no plano multimidiático. Armas midiáticas provocam a opinião pública a ser favorável ao início de uma guerra.


Para Losurdo, AL está na vanguarda

da luta contra a doutrina Monroe

03/10/2013 


“A América Latrina, principalmente países como Brasil e Venezuela, para não falar de Cuba, está na vanguarda da luta para liberar o continente da doutrina Monroe. A América Latina está destinada a cumprir um papel muito importante no plano internacional nesse sentido”. A afirmação foi feita no final da tarde desta quarta-feira (2) pelo historiador e filósofo marxista italiano Domenico Losurdo, que esteve na Unicamp para ministrar conferência no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Na oportunidade, o intelectual, que é docente da Universidade de Urbino, na Itália, lançou o livro O pecado original do século XX, publicado pela editora Anita Garibaldi.
Antes de vir à Unicamp, Losurdo apresentou palestras em outras instituições de ensino brasileiras. Nesta visita ao país, ele tem tratado de dois temas especialmente: luta de classes e liberalismo, modernidade e processos de emancipação. O primeiro assunto é foco de seu último livro publicado em italiano, intitulado A luta de classes - Uma história política e filosófica. Já o segundo é uma referência a outra obra dele, chamada Contra-História do Liberalismo, que deve ser brevemente traduzida para o português.
Conforme Losurdo, se existe um fio condutor em relação a esses dois livros e as conferências apresentadas por ele no Brasil, este é a pretensão de chamar a atenção sobre a questão colonial, em geral ignorada por muitos autores. “Naturalmente, chamar a atenção sobre esse tema, no Brasil, é algo muito importante”, considerou. Ao falar para um público que lotou um dos auditórios do IFCH, Losurdo destacou no início da conferência que a revolução norte-americana não melhorou as condições dos negros, índios e das mulheres.
No caso dos negros, o docente lembrou que a escravidão nos Estados Unidos somente foi abolida mais de 30 anos depois da Inglaterra e que alguns dos chamados pais da independência, como George Washington, eram proprietários de escravos. “Isso sem falar no brutal genocídio cometido contra os peles-vermelhas”, enfatizou o pensador italiano. A visita de Losurdo à Unicamp atendeu a convite feito pelo professor Armando Boito Júnior, do Departamento de Ciência Política do IFCH.



Domenico Losurdo: o pecado imperialista
Por José Carlos Ruy e Osvaldo Bertolino

Colonialismo e anti-colonialismo. Essa é a essência da ideia de pecado original do século XX, explicou o professor Domênico Losurdo, em visita à sede nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), na cidade de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 1º de outubro de 2013. 

Losurdo, professor da Universidade de Urbino, Itália, e também de entidades como o Internationale Gesellschaft Hegel-Marx für Dialekttisches Denken e Associazione Marx-XXIesimo Secolo, é uma rara exceção entre os acadêmicos e faz de seu pensamento um instrumento da luta teórica, claro, e também política para transformar o mundo. Neste particular, é frequente, em seu pensamento, a denúncia do imperialismo e da ação estadunidense no mundo. Opção de pensamento revolucionário que ele reafirmou na conversa com os jornalistas do Portal Vermelho e do Portal Grabois.
Nesse sentido, foi enfático. O “pecado original” do século XX é o imperialismo que levou à resistência anti-colonial dos povos, luta que marca toda a história política e social do século e se mantém no século XXI. Aliás, há uma linha vermelha destas lutas que vem desde o século XIX. Losurdo não mantém ilusões quanto ao papel dos Estados Unidos e denuncia, com todas as letras: a guerra de Independência dos Estados Unidos não foi — ao contrário do que muitos, mesmo na esquerda, acreditam — uma guerra anti-colonial, mas uma guerra para afirmar os valores de uma potência em expansão capitalista que, nas décadas seguintes, iria impor ao mundo, pela força das armas, seus interesses.
Há uma continuidade, pensa ele, entre as agressões imperialistas do século XIX (por exemplo, quando os Estados Unidos agrediram o México e roubaram grande parte de seu território). Eram agressões que tinham entre seus objetivos a manutenção da escravidão negra (os liberais George Washington, Thomas Jefferson e James Madison, por exemplo, foram presidentes dos Estados Unidos e grandes proprietários de escravos).

Agressão colonialista
No século XX, além da partilha da África e do Oriente Médio entre as potências imperialistas, as grandes guerras foram episódios centrais da luta de classes; o programa de Adolf Hitler, na Alemanha, era incorporar territórios dos povos eslavos do Leste para formar uma Grande Alemanha onde aqueles povos teriam a mesma situação a que os africanos foram submetidos ao longo dos séculos da colonização na América: seriam escravos dos novos senhores, os alemães. Os povos eslavos do Leste da Europa seriam assassinados em massa (como ocorreu com a população indígena do oeste dos Estados Unidos) para abrir um vazio populacional a ser ocupado por colonizadores alemães.
A mesma imposição colonial, lembra ele, se mantém no século XXI e a agressão israelense contra os palestinos não passa de uma agressão colonialista clássica, inclusive com a ocupação e o roubo de seus territórios. Este é apenas um exemplo dos temas deste marxista que não foge dos problemas contemporâneos, mas os enfrenta de peito aberto, dentro do esforço de esclarecer as condições da luta contemporânea pelo socialismo.
Para o professor Losurdo, a tentativa de Adolf Hitler de radicalizar a tradição colonialista que seria a escravização do Leste Europeu é um fenômeno importante a se considerar nessa análise. Ao projeto de “germanização” daquele espaço geopolítico, disse ele, se soma à tentativa de colonização da China pelo Japão. A Segunda Guerra Mundial, consequência da evolução dos elementos que compuseram o cenário da primeira metade do século XX, pode ser considerada, em sua avaliação, como um ponto de inflexão da luta de classes na história do capitalismo.

Declínio político-militar
Losurdo analisou também o pós-Segunda Guerra Mundial, com Harry Truman assumindo o papel de liderança de uma nova ofensiva colonialista. Segundo ele, ao ocupar o lugar do presidente Franklin Delano Roosevelt — falecido em abril de 1945 —, Truman iniciou, com a chamada Guerra Fria, mais um período em que a resistência e a luta anti-imperialista assumiu importância de destaque. O professor citou o exemplo da China, alvo do imperialismo norte-americano desde que tornara-se República Popular, só admitida na Organização das Nações Unidas (ONU) em 1971, em sua opinião uma vitória do chamado Terceiro Mundo no jogo político internacional — um trinfo do anti-colonialismo.
A situação na Síria também foi rapidamente analisada pelo professor italiano. Para ele, há uma gigantesca campanha de desinformação para justificar os reais interesses do imperialismo no Oriente Médio. Losurdo considerou que não é de agora que esse método vem sendo empregado, mas com as novas tecnologias de comunicação ele ficou mais sofisticado. Ele comentou as ações violentas no país, mostradas de forma obscura com a clara intenção de deturpar a natureza do conflito naquele país, que envolve inclusive os meandros do comércio internacional de armas — entre elas os arsenais químicos.
Segundo Losurdo, é preciso considerar que o declínio político-militar dos Estados Unidos não ocorre com a mesma proporção da perda da sua influência econômica, resultado da crise do capitalismo. Há um descompasso, explicou. Enquanto a economia mundial se modifica rapidamente, como mostra a ascensão da China que brevemente será uma das principais potências econômicas, a hegemonia militar norte-americana não dá sinais de arrefecimento. É uma situação que comporta grande perigo, disse o professor italiano.

Situação na Europa
Para ele, essa é uma tendência que vem de algum tempo e confirma a análise econômica de Karl Marx. Losurdo disse que é preciso separar, em certa medida, os aspectos econômicos dos político-militares, citando como exemplo a abolição unilateral em 1971, pelo então presidente norte-americano Richard Nixon, do acordo que previa a conversibilidade do dólar em ouro, conforme estabelecera o Tratado de Bretton Woods após ao término da Segunda Guerra Mundial. Por trás do maior golpe econômico da história, segundo Losurdo, estava a guerra colonialista no Vietnã. Livre das obrigações de Bretton Woods, disse ele, o governo dos Estados Unidos pôde emitir moeda e inundar o mundo com dólar para controlar sua crítica situação econômica.
Losurdo comentou também a situação na Europa. Segundo ele, é um erro estratégico desligar os problemas daquela região da crise geral do capitalismo. Não se pode perder de vista, afirmou, que o responsável principal pela crise são os Estados Unidos, o epicentro do sistema capitalista mundial. Há quem diga, afirmou, que a Alemanha, por exercer um papel dominante na economia europeia, seria o inimigo principal na luta contra os efeitos da crise do capitalismo, o que constitui um grave erro estratégico, avaliou.
Para o professor italiano, apesar do evidente declínio norte-americano — agravado com a crise atual —, não se deve subestimar a força daquela superpotência mundial, com presença militar em todos os lugares graças à enorme vantagem militar que ela acumulou ao longo da sua história. Segundo Losurdo, outro aspecto que não pode ser subestimado é o seu poderio ideológico, apoiado em um gigantesco sistema de mídia que dissemina pelo mundo seus pontos de vista. Ele comentou o caso das mudanças na América Latina, bombardeadas diuturnamente pelo sistema midiático norte-americano. Para Losurdo, ainda não estão amadurecidas as contradições para se saber qual o real poder dessas mudanças como alternativa às imposições do regime norte-americano.

Dirigentes do PCdoB
Após a entrevista, Losurdo foi recebido por uma comitiva de dirigentes do PCdoB — integrada pelo presidente, Renato Rabelo; por Adalberto Monteiro, secretário de Formação e presidente da Fundação Maurício Grabois; José Reinaldo Carvalho, secretário de Comunicação; Nivaldo Santana, secretário sindical; Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais; Ronald Freitas, secretário de Relações Institucionais e Políticas Publicas; Vital Nolasco, secretário de Finanças; e Walter Sorrentino, secretário de Organização — e fez um resumo da sua visão sobre a conjuntura internacional, com destaque para a Europa. Na ocasião, ele atografou um exemplar do seu livro O Pecado Original do Século XX, publicado no Brasil pela Editora Anita/Fundação Maurício Grabois.


Losurdo entrega livro autografado a Renato Rabelo

Renato Rabelo deu as boas-vindas ao professor e apresentou a ele a sede própria do PCdoB — adquirida após a sua última visita ao Partido. Segundo ele, os comunistas brasileiros valorizam a produção teórica de Losurdo, uma contribuição significativa para o desenvolvimento do marxismo-leninismo. Nas condições atuais, afirmou Renato Rabelo, a obra do professor inspira e estimula a compreensão dos fenômenos da atualidade. Por isso, ele é admirado por dirigentes e militantes do PCdoB. A elaboração do professor, destacou o presidente do PCdoB, é um grande aporte para o desenvolvimento do marxismo, condição que faz da sua presença no Brasil um acontecimento de grande importância.


Ricardo Alemão Abreu, tradutor, José Reinaldo Carvalho, Vital Nolasco, Ronald Freitas, Renato Rabelo, Domênico Losurdo, Walter Sorrentino, Nivaldo Santana, Adalberto Monterio e Fábio Palácio

Losurdo está no Brasil desde o dia 23 de setembro, para uma longa jornada de atividades realizadas em Santa Catarina e no Paraná, continuam em São Paulo e, depois, no Rio de Janeiro e na Bahia. Em São Paulo ele pronunciará a conferência Dimensões e Perspectivas da Luta de Classes, nesta quinta–feira e 3 de outubro, às 19 horas, na Câmara Municipal, ocasião em que ocorrerá o lançamento do livro O Pecado Original do Século XX, publicado pela Editora Anita/Fundação Maurício Grabois. Ficará em São Paulo até o dia 3 e pronunciará conferências Na PUC/SP e na Unicamp. Na Bahia, a participará do XVII Congresso da Sociedade Interamericana de Filosofia que ocorrerá a partir de 7 de outubro.
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Colaborou Fábio Palácio


Palestra de filósofo marxista reuniu grande público em Chapecó

Domenico Losurdo, um dos mais respeitados filósofos marxistas da atualidade, está cumprindo agenda de palestras, no Brasil. Nesta segunda-feira (30/09), foi a vez de Chapecó receber o filósofo italiano, a convite da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que comemora quatro anos de criação.
O tema da palestra foi “A luta de classes: uma história política e filosófica”, título do mais recente livro do filósofo. O importante evento reuniu grande público, no auditório do Lang Palace Hotel. Entre as lideranças presentes, estava a Coordenadora Regional do SINTE de Chapecó, professora Zigue Timm.
Losurdo apresentou os tipos de lutas de classes, identificadas por Marx e Engels, em suas obras, publicadas no século XIX. Fez questão de ressaltar, também, que “não se pode confundir luta de classe com luta de categoria”. Durante toda a palestra, o ministrante destacou a história política e filosófica das lutas de classes pelo mundo. No final da palestra, o filósofo italiano ainda respondeu a perguntas feitas por pessoas da plateia, o que garantiu maior conhecimento sobre todo o conteúdo apresentado.
Da direita à esquerda, Tamara Moura, Domenico Losurdo, Zigue Timm e Rosângela Garbin.
Grande público assistiu a palestra de Domenico Losurdo, em Chapecó.
(Foto: UFFS/Divulgação)

 

 25 Agosto 2013

"O liberalismo é o inimigo mais agressivo da "libertade da necessidade" e da "liberdade do medo": Domenico Losurdo no "l'Humanité"





















29 Junho 2013
Sobre Gramsci, a modernidade e o desenvolvimento das forças produtivas





































 

 26 Junho 2013

Gianni Vattimo resenha o livro

"La lotta di classe" no l' Espresso


Marx continua vivo 
 trad. port. João Carlos Graça

Se tomarmos a sério o dito de Marx segundo o qual a história é a história da luta de classes, como poderemos interpretar a essa luz as múltiplas realidades conflituais que de facto a historiografia documenta e que estão ainda na ordem do dia na crónica dos nossos anos? Por exemplo, como referir à luta de classes as múltiplas lutas de libertação nacional que modificaram substancialmente o quadro do colonialismo e do eurocentrismo que durou até aos inícios do século XX? Não parece possível referir à luta de classes as rebeliões de grupos sociais como os gay e sobretudo as lutas feministas: para não falar do facto de que hoje em dia um dos sujeitos da luta de classes parece desaparecido, com o fim da fábrica taylorista e a diferenciação dos trabalhos que retiraram sentido à própria ideia de classe operária.

O propósito de Losurdo em “La lotta di classe. Una storia politica e filosofica” (A luta de classes. Uma história política e filosófica, Laterza, 383 pp., 24 euros), um livro que resume de modo emblemático toda a sua carreira de estudioso, é o de reabrir a discussão filosófica sobre a noção de luta de classes, para redescobrir aí seja a relevância do ponto de vista da historiografia, seja o seu valor para as lutas sociais que ainda decorrem. Longe de ser uma simples história do conceito de luta de classes e dos significados que foi assumindo em diferentes contextos, o livro é um grande ensaio de filosofia da história. Que começa com o destaque dado à insuficiência das visões naturalísticas dos conflitos históricos, aquelas segundo as quais sempre houve e sempre haverá uma luta entre quem comanda e quem obedece, entre forte e fracos, etc. A importância da abordagem de Marx e Engels consiste na refutação deste paradigma naturalístico, o qual no fim de contas serve apenas às classes dominantes para desencorajarem qualquer transformação. À ideia demasiado genérica duma só luta de classes, Losurdo opõe, baseado em textos de Marx, a tese de que existem múltiplas lutas de classes. E mostra de modo convincente (apoiado numa documentação vastíssima e extraordinariamente instrutiva) como este esquema permite compreender a realidade da história moderna até aos nossos dias.

Losurdo professa uma concepção globalmente racionalista da história: o confronto de classes faz sentido na medida em que, fundado em reivindicações parciais e específicas, promove finalmente a afirmação de valores humanos universais. Uma tese (talvez excessivamente metafísica) que o conduz a sublinhar a diferença radical entre uma visão marxista e autenticamente revolucionária da luta de classes e as várias formas de populismo soixante-huitard hoje em dia em circulação (Negri e Hardt; Zizek; mas antes de todos Foucault [e, acrescente-se em abono da verdade, o próprio Vattimo: N. d. T.]), as quais se afiguram corresponsáveis pela confusão em que hoje em dia se encontra a esquerda.


19 fevereiro 2013

Publicada a edição espanhola de “Hegel e a catastrofe da alemanha”

HEGEL Y LA CATASTROFE ALEMANA
Domenico Losurdo 

ESCOLAR Y MAYO, 2013 ISBN: 9788494035777

 Fiel a su conocida pericia para desmontar entramados ideológicos, por rocosos y bien asentados que se hallen, Domenico Losurdo nos descubre –al hilo siempre de la génesis y el desenlace de la catástrofe alemana– el sinfín de tergiversaciones a que ha sido sometida la filosofía de Hegel, casi siempre esgrimida o repudiada, según fuera el caso, no por lo que decía, mucho menos por sus complejas articulaciones teóricas, cuanto por lo que se le forzaba a decir para ponerla al servicio de los intereses partidarios de cada bando, ya fueran estos los de encontrar una figura que sintetizara todos los males necesariamente asociados al enemigo como los de ganar una autoridad filosófica para la propia causa. El detallado estudio de tales tergiversaciones enseña, contra historias efectuales u horizontes de la comprensión un tanto adánicos, que solo la crítica pone a salvo de que la mediación hermenéutica engulla las pretensiones de validez y objetividad que han de guiar la exégesis e interpretación de textos.

 
11 fevereiro 2013

Um artigo de Domenico Losurdo no l'Humanité em ocasião do congresso do PCF 

Communisme - Un gigantesque processus d’émancipation bien loin d’être arrivé à sa conclusion

Politique -   l'Humanité des débats

Mots clés : communisme, 36e congrès du pcf.

Par Domenico Losurdo, philosophe, professeur d’histoire de la philosophie à l’université d’Urbino (Italie).





8 fevereiro 2013

Novo livro de Domenico Losurdo na Itália


La lotta di classe. Una storia politica e filosofica, Laterza, Roma-Bari


Lançamento no dia 7 de março, somente na Itália.



 31 janeiro 2013

Uma nova resenha para a edição francesa da Contra-História do Liberalismo







26 janeiro 2013

O historiador estadunidense Grove Furr intervém no debate sobre Stalin entre Domenico Losurdo e Nicolas Werth


Uma intervenção de Marx XXI



 Dos F-35 aos ataques de Bersani - O único voto útil é para Rivoluzione Civile 




17 janeiro 2013

Também na França a Contra-História do Liberalismo

http://www.editionsladecouverte.fr



15 janeiro 2013

Cinco palestras de Domenico Losurdo na Áustria

Kommunistische Initiative (KI) http://www.kommunisten.at



 23 Dezembro 2012


Lançamento da revista CRÍTICA MARXISTA 35 com a entrevista de Stefano G. Azzará com Domenico Losurdo






5 NOVEMBRO 2012


Domenico Losurdo na nona conferência do Historical Materialism em Londres

MEN MAKE THEIR OWN HISTORY, BUT THEY DO
NOT MAKE IT AS THEY PLEASE; THEY DO NOT
MAKE IT UNDER SELF-SELECTED CIRCUMSTANCES,
BUT UNDER CIRCUMSTANCES EXISTING ALREADY,
GIVEN AND TRANSMITTED FROM THE PAST.
THE TRADITION OF ALL DEAD GENERATIONS

WEIGHS LIKE A NIGHTMARE
ON THE BRAINS OF THE LIVING.

THE HM 2012 NINTH ANNUAL CONFERENCE 'WEIGHS LIKE A NIGHTMARE' WILL TAKE PLACE IN CENTRAL LONDON, NOVEMBER 8TH TO NOVEMBER 11TH
IL PROGRAMMA

GIOVEDÌ 8 NOVEMBRE 2012

WESTERN MARXISMS 

CHAIR: MATTEO MANDARINI

PETER THOMAS – CONSIDERATIONS ON CONTEMPORARY WESTERN MARXISM

DOMENICO LOSURDO – WESTERN MARXISM AND ORIENTAL MARXISM: AN UNFORTUNATE SPLIT

FRIEDER OTTO WOLF – WHY MARXISM NEEDS PHILOSOPHY MORE THAN EVER: RE-DISCOVERING KARL
KORSCH’S ‘MARXISM AND PHILOSOPHY’





 31 outubro 2012

Domenico Losurdo apresenta Liberalism na revista trotzkista estadunidense "International Socialist Review"


"International Socialist Review", issue 84, Jul-Aug 2012


















vol. 117, giugno 2012









 24 outubro 2012
           - mercredi 24 a la maison des passages avec l'improbable a 19h30 sur le thème "pour une genéalogie de l'apolitisme"
           - jeudi 25 a l'université lyon2 avec l'UEC a 16h pour parler du role de l'idéologie dans l'histoire
           - vendredi 26 dans la librairie Esprits Livre a 18h sur l'influence de Rousseau chez Hegel
           - samedi 27 salles Julio Curie dans le cadre des rencontres internationalistes a 14h pour nous parler des partis communistes et de leur histoire

RETROUVER L'HISTOIRE  POUR REALISER UNE HUMANITE COMMUNE
Gilbert Rémond
                Domenico losurdo vient sur Lyon a l'occasion des rencontres internationalistes organisées par la section de vénissieux du pcf. 

 17 outubro 2012
Domenico 
Losurdo
Critique de l’apolitismeÉditions Delga, 2012


Rencontre
Domenico Losurdo
Pour une généalogie de l’apolitisme
Mercredi 24 octobre -19 h 30
Maison des Passages
44 rue Saint-Georges
Vieux-Lyon

21 setembro 2012

Neue Grundlage Rezension. Der italienische Philosoph Domenico Losurdo hat ein Buch über Josef Stalin geschrieben. Es fragt systematisch nach den Bedingungen des sozialistischen Aufbaus in der UdSSR und ist dazu angetan, linke Geschichtsdebatten zu beleben
Von Andreas Wehr Junge Welt 15.09.2012

Am Dienstag stellte der italienische Philosoph und Historiker Domenico Losurdo in Berlin sein Buch zur Geschichtsschreibung über Stalin vor
Von Arnold Schölzel
20.09.2012 Junge Welt

Von Stalin zu Gorbatschow: Wie ein Imperium zu Ende geht
Von Luciano Canfora 20.09.2012 Junge Welt




Staline et le stalinisme dans l’histoire
Intervention de Domenico Losurdo
 et Nicolas Werth à la Fondation Gabriel Péri  
Le 12 avril 2012, a eu lieu à la Fondation Gabriel Péri une rencontre sur le thème "Staline et le stalinisme dans l’histoire", avec l’historien Nicolas Werth et le philosophe Domenico Losurdo. 












7 Setembro 2012

18.09.2012: STALIN - GESCHICHTE UND KRITIK EINER SCHWARZEN LEGENDE

 http://www.jungewelt.de/ladengalerie/index.php 

Ladengalerie von junge Welt
Torstraße 6, 10119 Berlin (Nähe Rosa-Luxemburg-Platz). Öffnungszeiten: Montag-Donnerstag 11-18 Uhr, freitags 10-14 Uhr. Kontakt: Tel. 030-536355-56
 

Buchpremiere mit dem AutorDomenico Losurdo
Es gab Zeiten, da blickten berühmte Staatsmänner wie Churchill oder Intellektuelle wie Hannah Arendt, Lion Feuchtwanger oder Heinrich Mann voller Achtung und Bewunderung auf Stalin und auf das von ihm geführte Land. Doch mit dem Kalten Krieg und nicht zuletzt mit der Geheimrede Chruschtschows wurde Stalin zu einem »Monster«, das vielleicht nur mit Hitler zu vergleichen sei. Domenico Losurdo setzt sich mit den Konflikten und Interessen auseinander, die diesem Umsturz der Sichtweise zugrunde liegen...
Ein weiteres Buch des Autors, das gewiss für Aufsehen und kontroverse Diskussionen sorgen wird.

 ____________________________________________________19. September 2012

Hamburg | 19:30 Uhr | Centro Sociale, Sternstr. 2
Domenico Losurdo: Gramsci, unser Zeitgenosse?
»Gramsci hat einen Weg aufgezeigt, der immer noch von Anfang bis Ende beschritten werden muss: die gedankliche Durchdringung eines leistungsfähigen Emanzipationsprojekts, das nicht beansprucht, das Ende der Geschichte zu sein.« Unter anderem diese These aus dem Interview »Gramsci, unser Zeitgenosse«, das in die Neufauflage seines Buches Der Marxismus Antonio Gramscis aufgenommen wurde, stellt Domenico Losurdo am Mittwoch, den 19. September um 19:30 Uhr in Hamburg im Centro Sociale [Sternstraße 2] zur Diskussion. Die Buchvorstellung ist eine gemeinsame Veranstaltung der Rosa-Luxemburg-Stiftung Hamburg und des VSA: Verlags, mit Unterstützung des Fördervereins »Freundinnen und Freunde des Centro Sociale e.V.«.


 29 AGOSTO 2012
Dienstag, 21. August 2012Stalin. Geschichte und Kritik einer schwarzen Legende

Domenico Losurdo: Stalin. Geschichte und Kritik einer schwarzen Legende; Köln 2012, Papyrossa Verlag








10 maio 2012

Debate entre Domenico Losurdo e Giulietto Chiesa sobre a preparação da guerra e o papel da mídia



10 abril 2012

No "Hintergrund" importantes mensagens de solidariedade para Günter Grass‏ após a sua denúncia dos perigos da política israeliana (tradução Giulio Gerosa)


Algum tempo atrás, por ter expressado tímidas reservas sobre os incessantes assentamentos coloniais de Israel no território palestino, até Obama foi rotulado de 'anti-semita' pelos sionistas extremistas. Esta acusação não podia deixar de atingir Günter Grass: o terrorismo ideológico deve silenciar qualquer voz crítica em relação ao expansionismo de Israel e da sua política de guerra.

E para legitimar essa política de guerra, devem ser demonizados os seus alvos: o presidente iraniano Ahmadinejad é retratado como aquele que gostaria de duplicar o holocausto judaico; na verdade, limitou-se a sugerir que o Israel do apartheid anti-palestino terminará como a  África do Sul do apartheid anti-negro. De fato, na África do Sul o apartheid foi desmantelado e não ocorreu nenhum genocídio dos brancos. No início do século XIX, os militantes em luta para a abolição da escravidão negra nos EUA e nas colônias européias foram rotulados como 'brancofagos e assassinos'; em modo análogo são hoje tratados aqueles que se atrevem criticar a política de expansionismo colonial, de apartheid e de guerra que caracteriza o Israel em nossos dias.

Domenico Losurdo  

28 MARÇO 2012

12 de abril em Paris um debate sobre o stalinismo entre Domenico Losurdo e Nicolas Werth


Jeudi 12 avril 2012 à 18h30 
Fondation Gabriel Péri  11 rue Étienne Marcel, Pantin métro ligne 5, station Hoche  

Staline et le stalinisme dans l’histoire 


Une rencontre exceptionnelle avec le philosophe Domenico Losurdo et l’historien Nicolas Werth.
La rencontre sera animée par Michel Maso, directeur de la Fondation Gabriel Péri.
Entrée libre. Le nombre de places étant limité, il est recommandé de s’inscrire par mail à l’adresse : inscription@gabrielperi.fr

27 MARÇO 2012   

13 de abril em Paris o "Hegel Pride"



27 MARÇO 2012

A edição francesa de "A hipocondria do impolítico"



Domenico Losurdo: Critique de l’apolitisme. La leçon de Hegel d’hier à nos jours, Editions Delga, Paris

Hegel analyse la fuite loin du monde politique comme la tendance à opposer à la médiocrité du monde réel « un monde différent, spirituel et merveilleux », la « fable d’une vie intérieure et spirituelle, qui devrait être plus élevée ». Le panorama philosophique actuel est en fait largement caractérisé par cette idéologie de l’apolitisme ; et si Hegel exhorte la philosophie à se garder de « vouloir être édifiante », cet avertissement rencontre aujourd’hui peu d’échos. Ce livre appelle au contraire l’attention sur une grande leçon largement refoulée.

27 MARÇO 2012

Publicado na Espanha 

"Autocensura e compromisso no pensamento político de Kant"

Domenico Losurdo: Autocensura y compromiso en el pensamiento político de Kant, Escolar y Mayo Editores, 260 pp., 20 €

En Autocensura y compromiso en el pensamiento político de Kant (Escolar y Mayo Editores, 260 pp., 20 €), Domenico Losurdo apunta su estilete crítico hacia las acciones teórico-políticas, si se las puede decir así, de quien a muchos y de no poco renombre ha inspirado como baluarte de las esencias del reformismo liberal. Pero al contrario que Popper, Hayek y tantos otros Losurdo encuentra que Kant está más cerca de Robespierre que de Constant, y lo hace en base a dos ejes que despliega con admirable rigor y perspicacia.
En primer lugar, al explicar que, con toda su ambivalencia y ambigüedad, la tan manida negación kantiana del derecho de resistencia, lejos de representar una condena ex post de la Revolución Francesa, más bien servía para darle soporte jurídico a la consolidación del nuevo poder revolucionario. En segundo lugar, al persuadir al lector de que en el caso de Kant ha de adoptarse una clave hermenéutica que pone bajo nueva luz los textos del filósofo, la que consiste en no pasar por alto que el compromiso kantiano con las autoridades prusianas, su “doblez” o “doble moral”, exigen que el intérprete tenga en consideración las precisas técnicas de expresión lingüística en las que se incardina y se dice la intención política, que sin ser exterior al lenguaje casi nunca se nos presenta como abiertamente esclarecida.
Una oportunidad única para acercarse a los planteamientos políticos del filósofo de Könisberg.



29 FEVEREIRO 2012

Domenico Losurdo nesta tarde em Roma numa iniciativa contra os preparativos de guerra





29 FEVEREIRO 2012

Domenico Losurdo no LEFT FORUM em Nova Iorque

New York, Pace University
16-18 marzo 2012 

Domenico Losurdo parteciperà ai seguenti panels: 

Marx vs Engels 

Sat 10:00am
 
Norman Levine -- Director, The Institute of International Policy, Kevin Anderson -- University of California, Santa Barbara, Wei Xiaoping -- Visiting Prof. Department of Political Science, Columbia University, George Comninel -- Department of Political Science, York University, Toronto, Canada, Domenico Losurdo - University of Urbino, Italy
 
Liberalism and Conservatism: Twins or Enemies?

Sat 03:00pmVerso Books
Corey Robin -- author, The Reactionary Mind: Conservatism from Edmund Burke to Sarah Palin, Jacob Stevens -- Verso Books, Domenico Losurdo -- author, Liberalism: A Counter History, Greg Grandin -- author, Fordlandia, Alberto Toscano -- author, Fanaticism: The Uses of an Idea 
Sun 03:00pmHaymarket Books
Alberto Toscano -- University of London, Phil Gasper -- International Socialist Organization, Dao X. Tran, Domenico Losurdo -- University of Urbino

Il sito del forum



16 Janeiro 2012
PARAR OS PREPARATIVOS DE GUERRA! ACABAR COM O EMBARGO!

Participe da petição pública!
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N19400

Link para outras línguas:

http://www.freundschaft-mit-valjevo.de/wordpress/?p=402

Email para a petição francesa:
stopperlaguerre@gmail.com 

Email para a petição italiana:
noguerrasiriairan@libero.it


SOLIDARIEDADE COM OS POVOS IRANIANO E SÍRIO!
Trad. João Carlos Graça,



Dezenas de milhar de mortos, uma população traumatizada, infra-estruturas largamente destruídas e um Estado desintegrado: eis o resultado da guerra levada a cabo pelos EUA e pela NATO para poderem saquear a riqueza da Líbia e recolonizar este país. Agora prepararam descaradamente a guerra contra o Irão e a Síria, dois países estrategicamente importantes, ricos em matérias-primas e que visam políticas independentes, sem se submeterem ao seu diktat. Um ataque da NATO à Síria ou ao Irão poderia provocar um confronto directo ― de consequências inimagináveis ― com a Rússia e com a China. Através de contínuas ameaças de guerra e da deslocação de forças militares para as fronteiras do Irão e da Síria, sem falar das acções terroristas e de sabotagem levadas a cabo por “unidades especiais” infiltradas, os EUA e outros membros da NATO impõem um estado de excepção aos dois países com o objectivo de os esgotar. Os EUA e a UE procuram de modo cínico e desumano paralisar cirurgicamente através do embargo o comércio externo e as transacções financeiras destes países. De forma deliberada, tentam precipitar a economia do Irão e a da Síria numa grave crise, fazer aumentar o número dos seus desempregados e piorar drasticamente a situação de aprovisionamento das suas populações. Com o fim de obterem um pretexto para a intervenção militar, há muito tempo planeada, tentam agudizar os conflitos étnicos e sociais internos e provocar guerras civis. Com esta política de embargo e de ameaças de guerra contra o Irão e contra a Síria colaboram em medida notória a União Europeia e o governo português.
Apelamos a todos os cidadãos ― às igrejas, aos partidos, aos sindicatos, ao movimento pacifista ―  a que se oponham energicamente a esta política de guerra.
Pedimos ao governo português:
- que revogue sem condições e imediatamente as medidas de embargo contra o Irão e a Síria;
- que declare não participar de nenhuma forma numa guerra contra estes Estados e não consentir o uso do território português numa agressão levada a cabo pelos EUA ou pela NATO;
- que se empenhe a nível internacional em pôr termo à política da chantagem e das ameaças de guerra contra o Irão e a Síria.
Os povos iraniano e sírio têm o direito de decidir sozinhos e de modo soberano a organização do respectivos ordenamentos políticos e sociais. A manutenção da paz reclama que seja rigorosamente respeitado o princípio da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados.


26 novembro 2011

THE GUARDIAN: O escritor hindu Pankaj Mishra escolhe Liberalismo de Domenico Losurdo como livro do ano


In 15th-century Benares, the iconoclastic Indian poet Kabi inadvertently began one of the world's oldest literary collaborative projects. The poems attributed to him have been enriched by the renderings of Ezra Pound and Czesław Miłosz as well as those of Rajasthan's bard singers. A stylishly contemporary contribution to this work-in-progress is Songs of Kabir, the translations by the poet and essayist Arvind Krishna Mehrotra (NYRB Classics). Yu Hua's China in Ten Words(Pantheon) offers something very rare: a boldly ironic, even caustic, perspective on Chinese society by a literary novelist still resident in China and privy to its innermost everyday tensions. Liberalism: A Counter-History by Domenico Losurdo (Verso) stimulatingly uncovers the contradictions of an ideology that is much too self-righteously invoked. I also enjoyed Aravind Adiga's novel Last Man in Tower (Atlantic) and Gyan Prakash's essay Mumbai Fables (Princeton) – both books set in Mumbai and exceptionally alert to the exuberance and malignity of the city's gangsterish capitalism.



Parabéns Domenico LoSURDO !

Urbino 18-20 novembro 2011
Participam ao congresso:
Andre Tosel, 
Jose Barata-Moura, Vladimiro Giacche, Carlos Nelson Coutinho, Bernard Bourgeois, Tom Rockmore, Joao Quartim Moraes, Bernard Taureck, Ishay Landa, Andreas Wehr, Dogan Gocmen,  Graziano Ripanti, Massimo Baldacci, Nicola Panichi, Mario Cingoli, Fabio Frosini, Venanzio Raspa, Antonio De Simone, Paolo Ercolani, Renato Caputo, Giorgio Grimaldi,Stefano G. Azzara, Micaela Latini, Emanuela Susca, Giovanni Semeraro.Além dos relatores, na Festschrift estarão presentes artigos de:
Hans Heinz Holz, Emmanuel Faye, Andras Gedo, Isabel Monal, Jean Robelin,Giuseppe Cacciatore, Tian Shigang, Eduard Gans (Pseudonimo)


8 SETTEMBRO 2011

Urbino 18-20 novembro 2011
Participam ao congresso:
Andre Tosel, 
Jose Barata-Moura, Vladimiro Giacche, Carlos Nelson Coutinho, Bernard Bourgeois, Tom Rockmore, Joao Quartim Moraes, Bernard Taureck, Ishay Landa, Andreas Wehr, Dogan Gocmen,  Graziano Ripanti, Massimo Baldacci, Nicola Panichi, Mario Cingoli, Fabio Frosini, Venanzio Raspa, Antonio De Simone, Paolo Ercolani, Renato Caputo, Giorgio Grimaldi,Stefano G. Azzara, Micaela Latini, Emanuela Susca, Giovanni Semeraro.Além dos relatores, na Festschrift estarão presentes artigos de:
Hans Heinz Holz, Emmanuel Faye, Andras Gedo, Isabel Monal, Jean Robelin,Giuseppe Cacciatore, Tian Shigang, Eduard Gans (Pseudonimo)

Domenico Losurdo
La cultura de la no violencia
Una historia alejada del mito
Peninsula, Barcelona 2011

Una crítica a lo que se entiende por pacifismo y no violencia en el siglo XX. De Gandhi al Dalai Lama


«El siglo XX está lleno de guerras y revoluciones que, de distintas formas, prometen conseguir la paz perpetua, es decir, está lleno de violencias que afirman querer erradicar de una vez por todas el azote de la violencia». «¿Lo que debemos cuestionarnos es, pues, un determinado sistema político-social? Aquí topamos de nuevo con una problemática que ha sido el centro de la reflexión y la lucha política de la edad contemporánea y que sigue siendo ineludible, aunque es necesario afrontarla en términos radicalmente nuevos para dejar atrás su concepción utópica. Con todo, sigue en pie una cuestión: hasta que no se arranquen de cuajo las raíces de la política de “conquista”, “usurpación” y dominio, una institución como la ONU podrá contener y limitar el azote de la guerra, pero no se harán realidad las confiadas esperanzas de Tolstói y de otros grandes intérpretes de la no violencia, quienes creían que el fenómeno de la guerra y del duelo entre Estados abandonaría la escena de la historia, del mismo modo en que lo había hecho el fenómeno del duelo entre individuos» (Domenico Losurdo).

9 SETEMBRO 2011

Introduction by Stefano G. Azzarà
 It is organized in collaboration with the University of Lisbon, the Department of Human Sciences of the University of Urbino, the Italian Institute of Philosophical Studies, and with the support of Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Internacional Racionalista and Fundação para a Ciência e a Tecnologia.



Terça 16 Agosto 2011
Chega a versão brasileira do artigo: Como nasceu e como morreu o 'Marxismo Ocidental".

 Sábado 30 de julho 2011
Annie-Lacroix-Riz: «A obra do Losurdo é estremamente interessante, eu a recomendo vivamente»


Cher Monsieur,
L’ouvrage de Losurdo est extrêmement intéressant, je le recommande vivement et en ai rendu compte dans un texte diffusé sur ma liste de diffusion (inscription sur mon site) et affiché sur le site à la rubrique (« Remarques à Bernard Frédérick sur son texte de L’Humanité dimanche, 23-29 juin 2011, p. 94-97 » (http://www.historiographie.info/humastaline2011%20.pdf). A propos de Jean-Jacques Marie, antisoviétique compulsif sous couvert d’antistalinisme, je vous communique un courrier de 2007 suivant un échange électronique dans lequel l’intéressé avait balayé sur un ton très méprisant mes critiques contre un article de lui paru dans l’Express. Il n’a jamais répondu à ce second courrier. L’échange électronique se trouve dans mes archives, non accessibles  à l’endroit où je me trouve, mais ma lettre reproduit tous les arguments qu’avait avancés Marie.
 Amicalement,
 Annie Lacroix-Riz

Segunda 27 junho 2011
A resenha de Jean Bricmont  da edição francesa sobre o livro do Stalin

terça 26 de Julho 2011
Resenha sobre a edição brasileira do Stalin
Marcos Silva é professor de geografia na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Florianópolis, Brasil.
Esta intervenção foi publicada no site da Fundação Maurício Grabois (próxima ao PCdoB) (http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=54&id_noticia=6014) e também na "Princípios", rivista teórica do PCdoB. (http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=7&id_noticia=6072) (na revista em forma reduzida por motivos de espaço).

Para entender Stalin e o “stalinismo”
Por Marcos Aurélio da Silva
A publicística brasileira, e não só aquela à direita do espectro político, acostumou-se a se referir a Stalin como um dos grandes assassinos da história. A julgar pelo livro de Domenico Losurdo agora publicado entre nós, Stalin: história crítica de uma lenda negra: Revan, 2010, 378 págs. (com um ensaio de Luciano Canfora), este ponto de vista está a demandar uma profunda revisão. Isso se se quiser não apenas refletir sobre o uso político a que a figura de Stalin serviu no Ocidente capitalista, mas igualmente atentar para o que de mais atual há na historiografia que se acercou do tema do “stalinismo”...

sábado 18 junho 2011Uma antecipação da edição alemã do livro " A linguagem do Império" no jornal Junge Welt 
Junge Welt, 18.06.2011
Krieg der Begriffe
Vorabdruck. Obama und Orwell: Die Sprache des Imperiums und das »Newspeak«
Von Domenico Losurdo



14 de Junho 2011
Domenico Losurdo em Lisboa para a apresentação da edição em lingua portuguesa do livro sobre Stalin: STALIN. HISTÓRIA CRÍTICA DE UMA LENDA NEGRA, ED. REVAN -     

14 Juin, Lisbonne 18 heures-Conférence à la Bibliotèque Municipale sur le livre
«Stalin, histoire et critique d’une légende noire», dont l’édition bresilienne sera  en vente .
Débat. L’auteur, presenté par l'écrivain portugais Miguel Urbano Rodrigues, signera des exemplaires de son livre.

15 Juin, Lisbonne
17 heures-Conference sur le meme livre à l ISCTE , de l‘Université de Lisbonne
Débat. Presentation du Prof Arsenio Nunes. L’auteur signera aussi des exemplaires de son livre.
http://domenicolosurdo.blogspot.com/2011/06/domenico-losurdo-lisbona-per-la.html


1 1 junho   2 0 1 1      
Alain Badiou sinaliza a importância do Stalin de Losurdo em seu seminário


7 junho 2011
In un articolo pubblicato su «Berliner Tagesspiegel» del 4 giugno, in relazione al dibattito in corso nella «Linke» su liberalismo e socialismo, Oskar Lafontaine rinvia al libro «Controstoria del liberalismo», in Germania pubblicato da Papyrossa col titolo: «Freiheit als Privileg. Eine Gegengeschichte des Liberalismus» [La libertà come privilegio. Una controstoria del liberalismo].

Em "El Viejo Topo" um debate sobre o Stalin de Losurdo
"El Viejo Topo" n. 280, mayo de 2011
Dossier Stalin. La polémica en la izquierda italian
Varios Autores

17 MAio 2011
Losurdo, l’apologeta di Stalin elogiato dal «Financial Times»
Antonio Carioti - Corriere della sera Martedì 17 Maggio 2011

16 MAio  2011
O "Financial Times" resenhou a  edição inglês do livro Contra – História do Liberalismo

 Book review: Liberalism: A counter-history by Domenico LosurdoBy GAVIN BOWD, 10 May 2011 LIBERALISM: A COUNTER-HISTORY, Domenico Losurdo

16 MAio 2011
Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne - Institut d'histoire de la Révolution française http://ihrf.univ-paris1.fr/ Psychopathologie et démonologie . La lecture des grandes crises historiographiques de la Restauration à nos jours
Dans le cadre des Conférences Alphonse Aulard, et à la suite des professeurs Carla Hesse et Michel Pertué, l’IHRF a le plaisir de vous inviter à assister à la leçon que donnera le professeur Domenico Losurdo, de l’Université d’Urbino.La conférence sera donnée le mercredi 11 mai 2011 en salle Marc Bloch, entre 18 et 20 heures.

27 ABRIL 2011
DOMENICO LOSURDO COMES TO LONDON TO DISCUSS HIS NEW BOOK ‘LIBERALISM: A COUNTER-HISTORY’ Thursday, May 05, 2011, 7.30pm - King’s College London, Edmund J. Safra Lecture Theatre, Strand Campus, London WC2R 2LS
‘Liberalism: Slavery, imperialism and exploitation’

8 ABRIL 2011
Histoire
Le stalinisme au-delà de la démonologie
Pour le philosophe italien Domenico Losurdo, la construction d'une analogie entre Staline et Hitler vise à escamoter le rôle des régimes capitalistes dans la montée du nazisme.
Baptiste Eychart le 7 Avril 2011
Staline. Histoire et critique d'une légende noire, de Domenico Losurdo, traduit de l'italien par Marie-Ange Patrizio, Éditions Aden, 2011, 531 pages, 30 euros.

16 MARÇO 2011
Domenico Losurdo, Stalin. Historia y crítica de una leyenda negra, El Viejo Topo
¿Fue Stalin ese «enorme, siniestro, caprichoso y degenerado monstruo humano», como dijo Nikita Kruschov en su famoso Informe secreto? ¿O, como se ha dicho después, el inepto hermano gemelo de Hitler? ¿El dictador sádico, paranoico, antisemita, carente del menor escrúpulo que ha retratado la historiografía dominante?
Domenico Losurdo cree que no. Sin por ello exculpar a Stalin del horror del Gulag, ni negar su responsabilidad en otros crímenes, Losurdo resulta convincente cuando imputa como falsa la acusación de antisemitismo, cuando subraya el genio estratégico y militar del líder soviético o cuando rechaza el paralelismo con el Führer, por citar algunos aspectos que se dan por ciertos sin serlo. Más aún: al contextualizar las decisiones, muchas veces terribles, que tomó Stalin, Losurdo demuestra que es más fácil enlazar los delirios racistas e imperiales de Hitler con sus contemporáneos occidentales y sus precursores, que con el político bolchevique.
Libro que cuestiona la mayor parte de la historiografía actual, Stalin. Historia y crítica de una leyenda negra no dejará indiferente a quien se adentre en sus páginas.

Dopo diverse edizioni in lingue straniere, viene ripubblicato anche in Italia, da La scuola di Pitagora editrice, il libro di Domenico Losurdo Hegel e la libertà dei moderni, da tempo esaurito [SGA].
L'edizione inglese e quella cinese


Publicada a versão francesa do livro sobre Stalin. Debate e apresentação do livro
 Domenico LOSURDO: Staline: histoire et critique d'une légende noire, Aden, Bruxelles 2011
Traduit de l'italien par Marie-Ange Patrizio
Postface de Luciano Canfora

sexta 11 FEvereiro 2011
Nietzsche der aristokratische Rebell, aus dem Italienischen von Erdmute Brielmayer, hg. und mit einer Einführung von Jan Rehmann, Berlin 2009 (Argument Verlag), 2 Bd., geb., 1104 S., 98.- Eur


A intervenção de Domenico Losurdo no Congresso organizado pela Unesco e a Fondation Péri. 
La raison à l’épreuve des grandes crises historiques
Intervention de Domenico Losurdo lors du colloque «la raison et ses combats»

No México uma resenha sobre a edição espanhola do livro "Fuga da História "
EL COMUNISMO Y LAS FUGAS DE LA HISTORIA: DOMÉNICO LOSURDO
di JAIME ORTEGA REYNA, "Revista Memoria", agosto 2010

21 Dezembro 2010
E' da poco uscita dalla casa editrice Revan l’edizione brasiliana del libro su Stalin ed è in corso la pubblicazione spagnola. Ripubblichiamo per l'occasione la recensione di Miguel Urbano [SGA].

9 Dezembro 2010
Club 44 - Centre de culture, d'information et de rencontre
64, rue de la Serre, La Chaux-de-Fonds, CH
En partenariat avec la Società Dante Alighieri et en collaboration avec Payot Libraire
Jeudi 16 Décembre 20h15 - Conférence
Domenico Losurdo: La non-violence. Une histoire hors du mythe

Seventh Historical Materialism annual conference Crisis and Critique
11-14 November 2010 at SOAS and ULU, London, WC1
Giovedì 11 novembre, h. 15.45, University of London Union, Malet StreetDomenico Losurdo: Non-Violence: A History without Myth

11/05/2010 
Tópicos Utópicos traz a Fortaleza Domenico Losurdo


Tópicos Utópicos é um projeto da Prefeitura Municipal de Fortaleza que, durante o ano de 2010, vai trazer grandes pensadores que são referência na esquerda mundial e nacional, para encontros e reflexões sobre temas da humanidade. Dando início ao projeto, no dia 12 de maio, próxima quarta (12), às 17h, no Mercado dos Pinhões, a Prefeitura recebe o filósofo marxista italiano Domenico Losurdo para debater sobre as lutas contra-hegemônicas do século XX ao século XXI.
O projeto é um convite para além do pensamento, é também um convite que tem o intuito de gerar outras formas de ver o mundo, e que estimula a ação. A proposta é tornar a cidade um polo nacional de reflexão sobre a conjuntura atual, debatendo temas relacionados à política, economia, cultura, urbanismo, meio ambiente, entre outros.
Tópicos Utópicos é realizado e articulado através da Comissão de Participação Popular e da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor). Para este primeiro encontro, recebe a parceria da Editora Boitempo (SP), Escola Nacional Florestan Fernandes (SP) e Universidade Federal do Ceará (UFC). O projeto prevê a realização de quatro conferências anualmente.
Losurdo está no Brasil participando de conferências e debates com intelectuais nas universidades em São Paulo, Rio de Janeiro e, agora, em Fortaleza. Crítico do pensamento liberal, Losurdo vai discorrer durante o encontro acerca da revolução anti-imperialista, debruçando-se sobre a formação do terceiro mundo e as conseqüências do imperialismo.

SERVIÇOData: 12 de maio
Horário: 17 horas
Local: Mercado dos Pinhões (Praça Visconde de Mauá, s/n – Centro, próximo ao cruzamento da rua Gonçalves Lêdo com Tenente Benévolo).
Informações pelo telefone 3452-2110. Grátis
http://www.fortaleza.ce.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=13385&Itemid=82

12/10/2006

Editora Anita lança obra que questiona liberalismo burguês  

COM UM OLHAR ACURADO SOBRE AS MAZELAS IMPOSTAS AOS DOMINADOS PELAS CLASSES DOMINANTES, O INTELECTUAL ITALIANO DOMENICO LOSURDO LANÇA NA CAPITAL PAULISTA O LIVRO LIBERALISMO. ENTRE CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE, DA EDITORA ANITA GARIBALDI.
“A última guerra contra o Iraque foi acompanhada por um singular fenômeno ideológico; tentaram fazer calar o movimento de protesto, de amplitude sem precedentes, que se desenvolveu na ocasião, lançando contra o movimento de protesto a acusação de antiamericanismo”. É dessa forma que Domenico Losurdo inicia o tópico “Mito e realidade do antiamericanismo de esquerda”, de sua mais recente obra Liberalismo. Entre civilização e barbárie, lançado pela editora Anita Garibaldi na noite de ontem (11) na livraria Fnac Pinheiros, em São Paulo.

Para uma platéia atenta, o intelectual italiano discorreu a respeito da supremacia dos povos brancos sobre os demais e traçou um panorama dessa hegemonia desde os tempos coloniais até os dias de hoje, ressaltando que nos Estados Unidos de Bush, país tido como referência democrática, negros, latino-americanos, índios e árabes ainda são submetidos a preconceitos seculares. Losurdo lembra que a sociedade estadunidense desenvolveu-se tendo como um de seus principais pilares a escravidão. “Em 32 dos 36 primeiros anos da história dos Estados Unidos,  os presidentes daquele país eram proprietários de escravos”, disse, citando como exemplo George Washington (1789-1797), Thomas Jefferson; (1801-1809) e James Madison; (1809-1817).

Desumanização

Ao falar do desenvolvimento do liberalismo, Losurdo tratou especialmente do duplo processo de desumanização que, segundo ele, além de atingir diretamente os escravos e povos colonizados, se estendeu aos trabalhadores europeus. “Então, os assalariados eram tratados como meros instrumentos falantes de trabalho. Havia aqueles que consideravam os escravos simplesmente animais bípedes”, lembrou o marxista. Com base nisso, Losurdo ressaltou que, quando Alexis de Tocqueville lança seu olhar à democracia na América, no século 19, o jurista francês na verdade estava levando em conta apenas a parcela branca da sociedade. Segundo Losurdo, se considerasse também os negros e índios, certamente não seria possível falar de democracia, uma vez que a base do sistema norte-americano é a da  “democracia para os senhores”.

A abolição da escravatura nos Estados Unidos não acabou com a discriminação e a segregação racial. Sob a égide liberal, que pregava a igualdade entre os homens perante a lei, o país continuava a excluir da sociedade e da vida política os negros americanos. Neste contexto, nasce em meados do século 19 a Klu Klux Klan. Em seu livro, Losurdo fala da ligação entre a organização e os círculos alemães de extrema direita, e entre a concepção norte-americana de white supremacy e o Terceiro Reich. “O programa de restabelecimento das hierarquias raciais acopla-se estreitamente ao projeto eugênico”, escreveu Losurdo. E completou dizendo que o projeto é uma forma de “cavar um abismo intransponível entre a raça dos servos e a raça dos senhores, depurando esta última dos elementos impuros, capacitando-a a afrontar e vencer a revolta servil que se delineava, em nível planetário, na onda da revolução bolchevique”.

Sobre Outubro de 1917, Losurdo lembrou que os princípios marxistas, que nortearam a Revolução Russa, tiveram o papel de expressar a voz daquele povo desumanizado. “O resgate da dignidade humana foi um dos pontos mais importantes da revolução”, disse o professor. Aliás, lembrou Losurdo, a revolução aplacou pelo menos três tipos de discriminação: contra as mulheres, os pobres e a racial.

Hoje como ontem...

Voltando aos dias atuais, Losurdo não deixou de citar os descalabros cometidos pelos Estados Unidos de George W. Bush, com especial destaque para as prisões de Guantánamo e Abu Graib, como uma continuidade do tratamento dado pelo país aos que considera inferiores. “Ao ver a forma como seus prisioneiro são tratados, devemos nos questionar se realmente existe democracia para os norte-americanos. Afinal, quem vai para Guantánamo, se não os excluídos, que não fazem parte do povo dos grandes senhores?”, questionou. Losurdo lembrou ainda que mesmo entre os trabalhadores norte-americanos, a discriminação se faz presente. “É difícil unificar a classe operária americana porque dentro dela há estratificações étnicas, aspecto que a classe dominante procura reforçar para evitar a mobilização dos trabalhadores”, disse, ressaltando acreditar que esse processo já dá sinais de crise com a maior unificação da classe operária.


Como apontado por João Quartim de Moraes, professor da Unicamp e José Carlos Ruy, jornalista, no prefácio de Liberalismo. Entre a civilização e a barbárie, um dos grandes méritos de Losurdo é “retomar o universalismo de Lênin, para quem existe apenas uma humanidade, sem raças inferiores ou superiores, mas dividida em classes que dominam e classes que são obrigadas a trabalhar em benefício de outras”.

O livro Liberalismo. Entre a civilização e a barbárie pode ser adquirido na própria editora Anita Garibaldi, pelo http://www.anitagaribaldi.com.br/loja/ 
. Mais informações pelos telefones (11) 3289-1331/ 3266-4312 e 3266-4313.
De São Paulo, Priscila Lobregatte
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=8393&id_secao=10